O Ceará tem se destacado como um dos principais polos de energias alternativas do Brasil. Graças à combinação favorável de sol e vento, o estado possui um potencial extraordinário para a geração de energia solar e eólica, consolidando-se como um importante protagonista na transição energética do país. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Ceará é o terceiro maior produtor de energia eólica do Brasil, com capacidade instalada de mais de 2,7 gigawatts (GW) em 2023. Esse cenário abre um vasto campo de oportunidades para engenheiros especializados no setor.
Esse potencial é também a base dos investimentos e dos estudos de viabilidade em Hidrogênio Verde. Com o avanço do marco legal, da regulamentação e dos incentivos fiscais, a produção de H2V no Estado se torna cada vez mais próxima.
O que faz com que a urgência de bons profissionais, qualificados e preparados para atuar seja ainda mais significativa. Desta forma, o Senge-CE prepara mais um momento de capacitação, sobre Hidrogênio Verde, nos dias 16, 17 e 18 de outubro. As inscrições são gratuitas e estão abertas.
Conheça mais sobre o potencial energético do Ceará e as energias alternativas que estão disponíveis no Estado.
Energia eólica: o poder dos ventos cearenses
A energia eólica é um dos grandes trunfos do Ceará. O estado se beneficia de ventos constantes e fortes, especialmente no litoral, o que o torna uma localização ideal para a instalação de parques eólicos. O Ceará já conta com centenas de turbinas eólicas em operação e novos projetos são constantemente anunciados. Para os engenheiros, atuar neste campo exige habilidades como o conhecimento em aerodinâmica de turbinas e dimensionamento de sistemas.
Além disso, a manutenção de turbinas e a análise de dados em tempo real são áreas que exigem que o engenheiro esteja familiarizado com tecnologias de automação e big data, já que essas ferramentas ajudam a prever e evitar falhas, garantindo a operação contínua dos parques.
Energia solar: aproveitamento do sol abundante
Com uma média de 300 dias de sol por ano, o Ceará é também um dos estados mais promissores para a geração de energia solar. O uso de paineis fotovoltaicos vem crescendo rapidamente tanto em grandes usinas quanto em sistemas distribuídos, como os instalados em residências e empresas. Os engenheiros que atuam com energia solar precisam dominar tecnologias de conversão de energia e o uso de softwares, ferramentas essenciais para o dimensionamento e otimização de sistemas fotovoltaicos.
A área também demanda conhecimento em eletrônica de potência, pois o engenheiro precisa garantir a eficiência no processo de conversão da energia gerada para uso na rede elétrica. Além disso, a capacidade de realizar análises financeiras e de viabilidade econômica dos projetos é importante para garantir a rentabilidade dos investimentos em energia solar.
Hidrogênio verde: uma nova fronteira energética
O Ceará está na vanguarda de um novo tipo de energia renovável: o hidrogênio verde. Com a produção desse combustível a partir de energias limpas, como a solar e a eólica, o estado busca se consolidar como um exportador mundial. O Porto do Pecém já foi identificado como um ponto estratégico para o desenvolvimento de um hub de produção e exportação de hidrogênio verde, o que pode impulsionar a economia local e colocar o Ceará no mapa global da transição energética.
Os engenheiros interessados nessa área emergente precisam dominar química de processos, termodinâmica e engenharia de materiais, além de entenderem o processo de eletrólise, que é a tecnologia-chave para a produção do hidrogênio verde. No momento, a inovação nessa área ainda está em fase de desenvolvimento, o que torna o aprendizado contínuo uma exigência fundamental para os profissionais que desejam se destacar.
Hard skills necessárias para o engenheiro de energias renováveis
As energias renováveis exigem dos engenheiros uma série de hard skills específicas. Além do conhecimento técnico profundo nas áreas de energia solar, eólica e hidrogênio verde, é fundamental que o profissional tenha habilidades em análise de dados, monitoramento de performance e gerenciamento de projetos. Ferramentas de big data e inteligência artificial estão sendo cada vez mais utilizadas para prever padrões de produção e otimizar o funcionamento das usinas, seja para aumentar a eficiência ou para prevenir falhas.
As iniciativas de capacitação nesta área fazem parte do Programa de Capacitação Permanente (PCP) do Senge-CE. Além deste curso, também estão no plano de ofertas, cursos como: Introdução à Inteligência Artificial, em Fortaleza (2, 3 e 4 de setembro); Modelagem da Informação da Construção – BIM, em Crateús (23, 24 e 25 de outubro); Introdução à Nanotecnologia (6, 7 e 8 de novembro), em Fortaleza.
Acompanhe as redes sociais e o site do Senge-CE para conhecer a grade completa de cursos ofertados pelo Programa de Capacitação Permanente do Senge-CE. Os temas dos cursos foram elencados a partir do resultado de uma consulta sobre os interesses de aprimoramento, com temas focados em tecnologia e inovação do futuro.
O CPC do Senge-CE é uma iniciativa do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Ceará, com a cooperação da Fundação ASTEF (Fundação de Apoio à Serviços Técnicos, Ensino e Fomento a Pesquisas) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
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