Por dois anos seguidos, a diretoria do Conselho Regional de Engenharia do Ceará (Crea-CE) se vale de manobras jurídicas para impedir a posse dos conselheiros representantes do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Ceará (Senge-CE) na instituição.
As desculpas de possíveis irregularidades acendem suspeitas que os executivos do Crea-CE, na verdade, não querem a participação ativa de representantes do Senge-CE no conselho, especialmente na escolha da Comissão de Tomada de Contas.
Isso porque o Senge-CE possui a maior representatividade no Crea-CE e é a única instituição representante que poderia tirar a majoritariedade dos votos em favor dos interesses da diretoria do Crea-CE.
Em 2024, o Senge-CE elegeu 16 conselheiros para representar o sindicato no Crea-CE, que, por sua vez, não convocou os eleitos para posse no prazo devido alegando possíveis irregularidades na votação, que contou com a participação dos dirigentes do Senge-CE, de acordo com o Estatuto.
Tememos que o atual presidente do Crea-CE, Fernando Galiza, repita as más práticas do ex-presidente da entidade, Emanuel Maia Mota, atualmente réu na Justiça Federal após denúncia do Ministério Público Federal (MPF) por suposta utilização de recursos da instituição em benefício próprio, de acordo com o processo número 08071665220224058100 em tramitação na 12ª Vara da Justiça Federal.
Tendo em vista esse cenário, o Senge-CE repudia a conduta desrespeitosa da diretoria do Crea-CE contra o sindicato mais antigo da categoria no Estado, que há 82 atua representando os engenheiros com seriedade e ética.
Estranhamos tamanho esforço para excluir o Senge-CE, que possui cerca de 6 mil associados, das atividades junto ao Crea-CE, gerando alguns questionamentos: O que tentam esconder? Por que deixar de fora de decisões pertinentes à categoria a principal instituição representativa da classe? Que interesses a diretoria do Crea-CE está defendendo? Os dos engenheiros ou os próprios?
Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Senge-CE)